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Abrantes: Vítimas de Violência Doméstica “denunciam com mais facilidade”

24/06/2016 às 00:00

A Câmara Municipal de Abrantes aprovou no dia 21 de junho, por unanimidade, o montante de 23 mil euros para aquisição do imóvel, onde nasceu Maria de Lourdes Pintassilgo, para acolhimento de emergência de vítimas de violência doméstica.

Atualmente, a Câmara Municipal dispõe de um serviço de atendimento dentro do edifício dos Paços do Concelho, e a necessidade de um novo espaço, surge na medida em que é necessário realizar um acompanhamento que confira proteção e conforto à vítima.  

“O que está na base [da compra do novo espaço] é o acompanhamento e o número de atendimentos. Temos mais casos na verdade, mas também não conseguimos perceber se é porque há mais informação disponível, se é porque há mais formação para os técnicos, se efetivamente as pessoas percebem melhor que se trata de um crime público, e por isso, já o denunciam com mais facilidade”, afirmou Celeste Simão, vereadora com o pelouro da Ação Social.

Em casos de vítimas de violência doméstica, a vereadora explicou que o procedimento dito “normal” é o seguinte: “ou a pessoa se dirige ao nosso balcão e faz a queixa, ou a queixa chega através da PSP, da GNR, ou através de um dos parceiros da Rede Especializada de Intervenção na Violência de Abrantes (REIVA). Depois a intervenção visa não só um acompanhamento da pessoa a nível financeiro, ou com outro tipo de acompanhamento, mas nestes casos são mobilizados todos os parceiros para realizar a intervenção adequada. A pessoa não tem de se dirigir aos vários locais, tudo é centralizado na câmara, com os técnicos responsáveis”.  

Semanalmente podem surgir “dois a três novos casos”, para além daqueles que estão a ser acompanhados no seio da REIVA, mas também há outras semanas em que, felizmente, não se registam “novos casos”, disse a responsável.

“Em situações de emergência, envolvemos as IPSS, pois podem disponibilizar refeições, dormidas e acolher a vítima”, de qualquer modo os casos “passam primeiramente pela câmara, pelo nosso serviço, que já faz parte do catálogo nacional, ou seja já está creditado, para fazer este tipo de atendimento e acompanhamento”, salientou a vereadora.

Em declarações à AL, João Caseiro Gomes, vice-presidente, referiu que uma das preocupações da autarquia “é tentar encontrar financiamento para a reabilitação do edifício [onde nasceu Maria de Lourdes Pintassilgo], porque estamos a falar de uma iniciativa de âmbito social”.

“ Se não tivermos acesso a fundos comunitário para atuarmos neste âmbito, claro que terá de ser com receita da câmara que iremos iniciar a intervenção. Mas, neste momento, ainda não temos uma data previsível”, finalizou o responsável.

 

ATENDIMENTOS DE VÍTIMAS VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

2016

       

Mês

Novo

Acompanhamento

Total

Janeiro

3

34

37

Fevereiro

4

30

34

Março

5

13

18

Abril

8

22

30

Maio

1

23

24

Junho

3

16

19

Total

24

138

162

Fonte: CM Abrantes

 

Crédito: DR

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