Portugal continental registou duas ondas de calor em junho e 34% das estações meteorológicas ultrapassaram ou igualaram, no fim de semana, os anteriores extremos da temperatura máxima do ar para o mês, divulgou hoje o IPMA.
De acordo com o resumo do boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), foi registada uma onda de calor, entre 15 e 20 de junho, em 12 estações, de um total de 90.
A segunda onda de calor verificou-se a partir do dia 27 de junho, que se prolongou até aos primeiros dias de julho. Na quarta-feira, cerca de 59% das estavam em onda de calor.
Olhando para esta segunda onda de calor, Alvega, no concelho de Abrantes, tem ocupado sempre lugar de destaca na tabela das temperaturas mais elevadas. Desde o dia 27 de junho até este sábado, 5 de julho, Alvega tem sete dos nove dias registos superiores a 40 graus centigrados.
De acordo com a estação meteorológica do IPMA, situada à beira da Estrada Nacional 118, Alvega teve neste período dois dias em que registou a temperatura mais elevada de Portugal, a 28 de junho com 40.5ºC e a 1 e 3 de julho com 42.1ºC
No domingo, dia 29 de junho, foi atingido em Mora, Évora, um novo extremo absoluto para o mês de junho em Portugal continental, com a estação meteorológica a marcar 46,6 graus celsius e a de Alvega a ficar logo atrás com 46ºC.
Aliás, Alvega registou nos dias 29 e 30 de junho e 4 de julho os segundos lugares na tabela das temperaturas mais elevadas de Portugal com 46ºC, 44,3ºC, 42,5ºC e 40ºC, respetivamente.
Olhando com pormenor para a tabela os registos foram os seguintes: dia 27 de junho (40.7ºC), 28 (45.4ºC), 29 (46ºC), 30 (44.3ºC), 1 de julho (42.5ºC), 2 (37.4ºC), 3 (42.1ºC), 4 (40ºC) e 5 (38.9ºC).
A estação meteorológica de Alvega fica situada à beira da EN 118
Note-se que o IPMA indica que uma onda de calor ocorre “quando num intervalo de pelo menos seis dias consecutivos, a temperatura máxima diária é superior em 5ºC ao valor médio diário no período de referência”.
Também a saúde pública emite alertas com cuidados a ter, principalmente com a população mais vulnerável, mais idosa, com doenças crónicas ou que não tenham as perceções do calor.
Durante o período de alerta de calor, iniciado no dia 28 de junho, foram registados 69 óbitos em excesso, maioritariamente entre pessoas com 85 ou mais anos, segundo dados preliminares divulgados pela Direção-Geral da Saúde.