Dez anos depois de receber uma exposição de Nadir Afonso, a galeria do Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, acolhe, entre 19 de setembro e 29 de novembro, a exposição “Cidades”, da autoria do reconhecido artista.
A mostra integra 14 telas que remetem para os grandes centros urbanos como Roma, Tóquio, Dubai, Madrid, Gare de Austerlitz, um dos temas recorrentes desde a sua juventude, em que se sentiu atraído pelas grandes metrópoles cosmopolitas, sem descuro das cidades portuguesas que também estão presentes como Vila Real, Portalegre ou Beja.
A inauguração da mostra, que decorre no âmbito das Festas do Concelho de Sardoal 2025, terá lugar na sexta-feira, 19 de setembro, pelas 19 horas, contando com a presença de Laura Afonso, esposa do falecido artista e presidente da Fundação Nadir Afonso, e do filho Artur Afonso.
O Município de Sardoal “congratula-se por receber, pela segunda vez, no Centro Cultural Gil Vivente, uma exposição de Nadir Afonso, tendo em conta o conhecido valor e interesse das obras que integram a Coleção de Arte desta prestigiada Fundação”.
Nadir Afonso Rodrigues é um dos mais conceituados e talentosos pintores mundiais da sua geração. Nascido em Chaves, em 1920, formou-se em arquitetura, atividade que abandonou em 1965, para se dedicar exclusivamente à criação da sua obra plástica. Foi um dos pioneiros da arte cinética, sendo autor de uma teoria estética e tendo publicado vários livros, nos quais defende que a arte é puramente objetiva e regida por leis de natureza matemática, que tratam a arte não como um ato de imaginação, mas de observação, perceção e manipulação da forma. Nadir Afonso alcançou reconhecimento internacional e está representado em vários museus.
A sede da Fundação Nadir Afonso, em Chaves, é um projeto do arquiteto Siza Vieira, orçado em cerca de nove milhões de euros, tendo sido inaugurada em julho de 2014.