Chama-se Zahara e é a nova Ermida que o cervejeiro artesanal Rui Reis lançou no aniversário do Crispean’s. Depois de uma “cidade florida”, mais leve e fresca, surge agora a Zahara mais encorpada, uma IPA amarga e doce.
Esta cerveja artesanal nasceu, só podia ser assim, de uma conversa, “uma brincadeira” no bar, entre um historiador e um cervejeiro. Ou seja, uma conversa com José Martinho Gaspar.
Conta Rui Reis que o tempo de laboratório ou de experimentações não foi muito, porque na conversa falou-se da personalidade que teria Zahara, apaixonada pelo seu meio-irmão, mas que depois se deixou encantar pelo cavaleiro cristão Machado. E Rui Reis contou que a mistura dos maltes de cevada, centeio e trigo com cevada descascada e depois lúpulo e levedura fez nascer uma brownie, que tinha de ser mais escura aludindo à Zahara, e também mais encorpada. É uma cerveja mais de outono e inverno
As quantidades produzidas nunca são muito grandes, mas esta junta-se à “Cidade Florida” lançada em 2021, em plena pandemia. Essa é uma cerveja para todos. Com sabores e odores a tília, laranja, limão e o toque picante do gengibre.
Rui Reis espera nas Festas da Cidade de 2026 ter as duas Ermidas disponíveis para que os visitantes possam provar, perceber as diferenças e aprender a gostar de cerveja artesanal.
E nesta expetativa, Rui Reis diz que a Zahara faz subir as diferentes cervejas que produz, mas nem todas em simultâneo. Algumas têm produção habitual, mas outras, vão saindo e entrando em produção.
Já o laboratório esse, afirma, continua sempre aberto com novas experiências. Porque é aí que o cervejeiro faz todo o trabalho de misturas, testes e experimentações antes de colocar uma cerveja no mercado.
Este ano o verão foi muito quente, com um agosto com temperaturas elevadíssimas e foi um bom verão. Rui Reis confirma um ano de boas vendas e cresce a ideia que as pessoas estão mais despertas a experimentar a cerveja artesanal que é muito diferente daquela que se vende pelas festas e festinhas.
A Zahara foi lançada em dia de festa de aniversário do Crispean’s, um bar em Alferrarede que dá corpo e base à Ermida. E ali, confirma Rui Reis, há clientes habituais com escolhas habituais, porque cada cerveja tem uma história e, acima de tudo, uma identidade própria. 2025 ganha a Zahara, uma Brwnie amarga e doce, que contrasta com a frescura e aromatizada “Cidade Florida”.
Rui Reis, cervejeiro
Desde 2014 são vários sabores produzidos e colocados no mercado: Trigo, Belgium Ale, Stout, IPA, Trigo/Framboesa, Reserva, Imperial Stout entre outras. E há a garantia do cervejeiro que a Ermida não tem corantes nem conservantes e não é uma cerveja pasteurizada.
A unidade de produção da Ermida continua a ser a rua da Estação, em Alferrarede, de onde saem cerca de 15 tipos de cerveja das quais uma dezena correm nas torneiras do bar.
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