Os residentes da localidade de Barrada, no concelho de Abrantes, lançaram esta semana um abaixo-assinado que tem como objetivo vedar a circulação de veículos pesados nas ruas do interior da povoação. Esta proibição deverá ser aplicada a veículos com mais de 5 toneladas, embora possam existir algumas exceções.
O que se passa é que nos últimos anos, tem-se verificado um acréscimo “muito significativo de trânsito de veículos de transporte internacional, provenientes de localidades como Bemposta e até mesmo Ponte de Sor.”
Nesta petição os moradores dizem acreditar que este aumento se deve, em grande parte, às indicações fornecidas por plataformas digitais de navegação (como Google Maps e Waze), que apontam o percurso pela Barrada como o mais curto. E podem ter razão, tanto mais que para experimentar um percurso, utilizamos uma viagem entre Mora e Mouriscas e o percurso mais curto, dos três sugeridos pelo Maps, sugere a passagem por S. Facundo e Barrada.
Percursos Maps Mora-Mouriscas
Manuel Vitória, o primeiro subscritor deste abaixo-assinado revela que já houve abordagens ao presidente da Câmara de Abrantes sobre a proibição ou o alcatroamento de um troço de um caminho, com cerca de um quilómetro, que leve a que os presados não passem por dentro da aldeia.
Manuel Vitória indica ainda que, por vezes, os próprios motoristas, questionam os moradores se os camiões passam ou não nas ruas estreitas.
O morador em Barrada indica ainda que o tráfego, que ocorre a qualquer hora do dia e da noite, “compromete seriamente a segurança rodoviária, o descanso da população, e a integridade do pavimento e das habitações, dado que as ruas da Barrada não têm condições técnicas para receber veículos desta dimensão.”
Manuel Vitória, primeiro subscritor do abaixo-assinado
Aquilo que os moradores pretendem é que a autarquia de Abrantes “proíba a circulação de veículos com mais de 5 toneladas no interior da Barrada, com exceção dos serviços essenciais como a recolha de resíduos (SMA) e os transportes locais”, por um lado, e que “crie uma alternativa viável para esse tráfego, através da pavimentação de um troço com cerca de 1 km, a partir da estrada do cemitério até à EM518, junto à Central de Resíduos da Valnor. Trata-se de um caminho já existente, cuja requalificação permitiria evitar os desníveis acentuados e o atravessamento do núcleo habitacional, garantindo uma solução técnica simples e eficaz”, por outro.
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