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A Democracia, a Economia e os Media

2/10/2020 às 00:00

Não devemos dar por adquiridos os valores que definem a nossa União, como liberdades, a democracia, o Estado de direito e os direitos fundamentais. Há que lutar por eles. O mesmo sucede com a liberdade e o pluralismo dos meios de comunicação para os quais a transformação digital suscita desafios”. (Vera Jourova e Thierry Breton, comissários europeus, in DN, Lisboa 26 de setembro de 2020)

 

A Associação Portuguesa de Imprensa (API) divulgou um texto sobre o estado da imprensa e os apoios do Estado aos órgãos de comunicação social. Divulgamos esse texto na íntegra:

Esta é a nossa luta nas Associações de Imprensa em Portugal. Sem parar, sem descanso, sem esmorecimento.

Os meios de comunicação social estão vulneráveis em face de ingerências políticas, nomeadamente se a sua situação económica não for estável”. (Jourova/Breton, ibidem)

Por isso mesmo, as Associações de Imprensa portuguesas lutam por apoios do Estado justos e autónomos, com mais de 20 anos de experiência de independência e agora com a urgência da pandemia de Covid-19.

A Comissão não pode só por si vencer este combate. Impõe-se a intervenção dos governos dos dirigentes políticos e das autoridades reguladoras na UE. Importa que todos tomem consciência do papel determinante desempenhado pelos meios de comunicação livres e independentes, papel esse que as redes sociais jamais poderão exercer”. (Jourova/Breton, ibidem).

Nós, nas Associações, sabemos quem são os políticos que acreditam e os que querem esmorecer o nosso empenho, esperamos ainda a intervenção do Governo e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

A Liberdade de imprensa é um direito, não só para os jornalistas, mas para todos nós. Assumimos hoje um compromisso no sentido de lutar por meios de comunicação livres e pluralistas”. (Jourova/Breton, Ibidem)

As Associações de Imprensa em Portugal assumiram este mesmo compromisso há 60 anos, fortalecidas pelo empenho de Francisco Pinto Balsemão, Adriano Lucas, António Paulouro, Manuel Piçarra e Salvador dos Santos. O seu exemplo e a sua memória não nos deixam outro caminho, que não seja o da luta sem tréguas no dia-a-dia em que se faz cada jornal.

Os exemplos que encontramos em Portugal não são encorajadores; A compra antecipada de publicidade do Estado ‘Covid-19’ foi decidida em 17 de abril, foi ratificada por diplomas legais de 6 e 19 de maio e, até hoje, apenas uma pequeníssima parte foi paga sem incluir qualquer órgão de comunicação social regional e local. Está em preparação o Orçamento de Estado de 2021, e as perspetivas são seguramente diferentes das que os comissários europeus propalam, pois com o nível de execução da Publicidade Institucional do Estado em 2020, o que se prevê para 2021 não será nada de concreto.

A banca portuguesa tem dado sinais de ignorar a realidade e a importância do papel que todos reconhecem aos media, e remete para o novel Banco de Fomento qualquer tipo de apoio de tesouraria; o Plano Nacional de Recuperação (Costa Silva) ignora totalmente as realidades indicadas e reconhecidas pela Comissão Europeia, acreditando que é possível retomar a economia e defender a Democracia sem um ativo e vibrante papel dos Media.

Numa coisa o Plano de Recuperação Económica Costa Silva tem toda a razão: é urgente reformular o funcionamento da Administração Pública.

Apenas do Palácio de Belém tem soprado uma brisa que vai acalentando a esperança que tudo se vai resolver.

Estas linhas são um alerta ao Governo e à Assembleia da República, onde, é certo, alguns partidos se têm preocupado e acompanhado o evoluir da nossa situação, que o OE para 2021 tem de considerar o papel dos Media para a recuperação económica (que as Associações têm vindo a enfatizar desde o princípio do ano), para a defesa da Democracia (que sempre sublinhámos), e é um apelo dramático para que a Administração Pública tome consciência que cinco meses já é tempo demais para processar pagamentos de emergência!

Se os políticos portugueses não querem ouvir-nos, pedimos no dia em que a Presidente da Comissão Europeia participa no Conselho de Estado em Lisboa, que ouçam Vera Jurova e Thierry Breton, que acreditam em nós e no nosso papel para a recuperação económica, a luta contra a desinformação e o medo, enfim pelos valores da Democracia e da Europa.

 

João Palmeiro, Presidente da Associação Portuguesa de Imprensa

 

Paulo Ribeiro, Presidente da AIC - Associação de Imprensa de Inspiração Cristã

Não devemos dar por adquiridos os valores que definem a nossa União, como liberdades, a

democracia, o Estado de direito e os direitos fundamentais. Há que lutar por eles. O mesmo

sucede com a liberdade e o pluralismo dos meios de comunicação para os quais a

transformação digital suscita desafios”. (Vera Jourova e Thierry Breton, comissários europeus,

in DN, Lisboa 26 de setembro de 2020)

 

A Associação Portuguesa de Imprensa (API) divulgou um texto sobre o estado da imprensa e os apoios do Estado aos órgãos de comunicação social. Divulgamos esse texto na íntegra:

 

Esta é a nossa luta nas Associações de Imprensa em Portugal. Sem parar, sem descanso, sem

esmorecimento.

Os meios de comunicação social estão vulneráveis em face de ingerências políticas,

nomeadamente se a sua situação económica não for estável”. (Jourova/Breton, ibidem)

Por isso mesmo, as Associações de Imprensa portuguesas lutam por apoios do Estado justos e

autónomos, com mais de 20 anos de experiência de independência e agora com a urgência da

pandemia de Covid-19.

A Comissão não pode só por si vencer este combate. Impõe-se a intervenção dos governos dos

dirigentes políticos e das autoridades reguladoras na UE. Importa que todos tomem

consciência do papel determinante desempenhado pelos meios de comunicação livres e

independentes, papel esse que as redes sociais jamais poderão exercer”. (Jourova/Breton,

ibidem).

Nós, nas Associações, sabemos quem são os políticos que acreditam e os que querem

esmorecer o nosso empenho, esperamos ainda a intervenção do Governo e da Entidade

Reguladora para a Comunicação Social.

A Liberdade de imprensa é um direito, não só para os jornalistas, mas para todos nos.

Assumimos hoje um compromisso no sentido de lutar por meios de comunicação livres e

pluralistas”. (Jourova/Breton, Ibidem)

As Associações de Imprensa em Portugal assumiram este mesmo compromisso há 60 anos,

fortalecidas pelo empenho de Francisco Pinto Balsemão, Adriano Lucas, António Paulouro,

Manuel Piçarra e Salvador dos Santos. O seu exemplo e a sua memória não nos deixam outro

caminho, que não seja o da luta sem tréguas no dia-a-dia em que se faz cada jornal.

Os exemplos que encontramos em Portugal não são encorajadores;

A compra antecipada de publicidade do Estado ‘Covid-19’ foi decidida em 17 de abril, foi

ratificada por diplomas legais de 6 e 19 de maio e, até hoje, apenas uma pequeníssima parte

foi paga sem incluir qualquer órgão de comunicação social regional e local.

Está em preparação o Orçamento de Estado de 2021, e as perspetivas são seguramente

diferentes das que os comissários europeus propalam, pois com o nível de execução da

Publicidade Institucional do Estado em 2020, o que se prevê para 2021 não será nada de

concreto.

A banca portuguesa tem dado sinais de ignorar a realidade e a importância do papel que todos

reconhecem aos media, e remete para o novel Banco de Fomento qualquer tipo de apoio de

tesouraria; o Plano Nacional de Recuperação (Costa Silva) ignora totalmente as realidades indicadas e reconhecidas pela Comissão Europeia, acreditando que é possível retomar a

economia e defender a Democracia sem um ativo e vibrante papel dos Media.

Numa coisa o Plano de Recuperação Económica Costa Silva tem toda a razão: é urgente

reformular o funcionamento da Administração Pública.

Apenas do Palácio de Belém tem soprado uma brisa que vai acalentando a esperança que tudo

se vai resolver.

Estas linhas são um alerta ao Governo e à Assembleia da República, onde, é certo, alguns

partidos se têm preocupado e acompanhado o evoluir da nossa situação, que o OE para 2021

tem de considerar o papel dos Media para a recuperação económica (que as Associações têm

vindo a enfatizar desde o princípio do ano), para a defesa da Democracia (que sempre

sublinhámos), e é um apelo dramático para que a Administração Pública tome consciência que

cinco meses já é tempo demais para processar pagamentos de emergência!

Se os políticos portugueses não querem ouvir-nos, pedimos no dia em que a Presidente da

Comissão Europeia participa no Conselho de Estado em Lisboa, que ouçam Vera Jurova e

Thierry Breton, que acreditam em nós e no nosso papel para a recuperação económica, a luta

contra a desinformação e o medo, enfim pelos valores da Democracia e da Europa.

 

João Palmeiro, Presidente da Associação Portuguesa de Imprensa

Paulo Ribeiro, Presidente da AIC - Associação de Imprensa de Inspiração Cristã

 

 

 

 

 

 

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