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SMA: Abrantes: SMA lançam campanha com nova mascote e anunciam recolha de resíduos orgânicos (C/ ÁUDIO)

22/03/2021 às 15:44

Chama-se Smart e é um simpático e sorridente boneco que numa mão tem o azul da água e na outra o verde da terra e do ambiente. Foi apresentado na manhã desta segunda-feira, Dia Mundial da Água, pelos Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA) como imagem de uma nova campanha que pretende sensibilizar a população para a promoção de um ambiente mais sustentável.

No lançamento da campanha, no edifício dos SMA, Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes e presidente do Conselho de Administração dos SMA, lançou a nova mascote num dia que, sem pandemia, teria centenas de crianças a visitar a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Cabeça Gorda, no local que é considerado “o coração dos Serviços Municipalizados”. Como a pandemia não deixa fazer essas ações, foi feito o lançamento da mascote que pretende chegar a todos os cidadãos, mas particularmente aos mais novos, pois são eles que começam por garantir uma consciência ambiental para os nossos dias, mas sobretudo para o futuro. “Este boneco tenta captar a atenção dos mais novos, porque os mais novos são um elemento fundamental para estas questões da sustentabilidade ambiental”, disse o presidente da Câmara de Abrantes.

E depois disse que esta campanha terá uma incidência grande nas escolas, para chegar aos mais novos. “O Smart é um boneco muito bem pensado (…) o braço azul tem a ver com a água e o verde com os resíduos sólidos urbanos”, explicou Manuel Jorge Valamatos.

E se Abrantes tem água de qualidade, captada no Castelo de Bode, e que chega a quase todo o concelho, as outras áreas de proteção ambiental têm de ganhar mais atenção.

Manuel Jorge Valamatos, presidente da CM e do CA Serviços Municipalizados de Abrantes

Manuel Jorge Valamatos diz que a campanha visa também a melhoria dos desempenhos de todos no consumo ou gasto da água. “Há que ter a perceção que não se pode ter as torneiras abertas a todo o tempo” disse o autarca que manifesta esperança para que Abrantes possa ter um forte contributo naquilo que é a sustentabilidade ambiental.

Se o concelho, através da Valnor, já tem implementada a recolha seletiva do vidro, embalagens e papel, muito brevemente a recolha indiferenciada vai ter um novo passo. Manuel Jorge Valamatos disse que está em curso uma candidatura a fundos comunitários para recolha de resíduos orgânicos. Ou seja, será feita a introdução de novos contentores, castanhos, para recolha de resíduos orgânicos por forma a melhorar ainda mais a gestão dos lixos. Paralelamente o presidente dos SMA indicou que estão a ser reforçadas as equipas de recolhas dos monos. Apesar da recolha de eletrodomésticos, móveis ou outro tipo de estruturas de maior dimensão ser gratuita ainda há quem não utilize os serviços e os “despeje” junto aos contentores.

Exemplo de despejo de monos junto aos contentores

Quanto à introdução da recolha dos biorresíduos ou resíduos orgânicos deverá avançar em três áreas piloto antes de ser implementada em todo o território concelhio. Os contentores castanhos serão colocados na cidade e em duas freguesias rurais com o objetivo de recolher os “restos da cozinha”. Quer isto dizer que o cidadão passará a ter a separação ainda mais apurada, pois os resíduos orgânicos passarão pela compostagem para poderem regressar sob a forma de adubos ou fertilizantes à natureza. Manuel Jorge Valamatos diz que os cidadãos poderão fazer compostagem, nas zonas mais rurais, ou depositar os orgânicos no sítio próprio. E depois deixou a nota que financeiramente tem de ser esse o caminho, pois a recolha e o tratamento dos resíduos indiferenciados está cada vez mais cara.

Manuel Jorge Valatamos deu um exemplo dos tempos atuais. Há quilos e quilos de laranjas que caem das árvores e são despejadas nos contentores do lixo. Quando a recolha de orgânicos estiver no terreno é aí que os cidadãos têm que as depositar e não nos contentores verdes, onde as colocam até aqui.

Nesta altura ainda não há certezas da forma como vai funcionar a recolha dos biorresíduos. Manuel Jorge Valamatos diz que os SMA estão a articular com a Valnor, empresa que tem a concessão de recolha e tratamento dos resíduos no concelho de Abrantes, a melhor forma de colocar o processo em marcha. Se vai existir alguma estação de triagem ou ponto de compostagem no concelho ainda não se sabe.

A campanha foi apresentada hoje, mas desde o fim-de-semana que em todo o concelho se pode ver o Smart com frase “Ser Smart é evoluir”.

Água do Castelo de Bode chega a quase todo o concelho

Em Dia Mundial da Água, 22 de março, a par da apresentação da nova mascote [o Smart] e da campanha de promoção da sustentabilidade ambiental a Antena Livre quis saber como está o abastecimento de água a partir da Albufeira do Castelo de Bode.

Este foi desde sempre um dos grandes objetivos do Município de Abrantes e dos Serviços Municipalizados: fazer chegar a água do Castelo de Bode a todo o concelho. Se a 20 de outubro de 2002 foi inaugurado o sistema de abastecimento de água a partir da albufeira de Castelo do Bode, passando a servir 42% da população do concelho, em 2021 a cobertura está em quase todo o concelho. Mesmo que nalguns locais não esteja ligado à rede em baixa, ou seja, ao consumidor, a água do Castelo de Bode chega a quase todo o concelho. Manuel Jorge Valamatos explicou que há situações em que a água tem qualidade, como em Vale das Donas, por isso não misturam com a do Castelo do Bode. Mas vincou que, havendo um qualquer problema nesses locais, já lá está a ligação para o abastecimento a partir do Castelo de Bode.

E o autarca deu um exemplo de Tramagal em que há dois ou três anos houve um problema com a rede e o recurso foi as cisternas dos bombeiros. Hoje seria mais fácil. Seria apenas ligar a conduta que vem da ETA de Cabeça Gorda.

De acordo com Manuel Jorge Valamatos “até há três anos a água do Castelo de Bode estava só no norte do concelho, ou seja, só chegava à cidade. E nessa altura [2017-2018] conseguimos passar a água para o sul, através do açude. E conseguimos levar a água a Tramagal, a S. Miguel, ao Rossio, ao Pego, Concavada, Alvega (…) e estamos a trabalhar, neste momento, para conseguir levar a água para Barrada e, nesse seguimento, para Vale das Mós, S. Facundo e Bemposta”.

O responsável pelos SMA refere que o concelho fica igualmente com todo o sul do concelho ligado à rede de Castelo de Bode, embora insista que se mantêm as atuais captação em funcionamento. “Há é mais água, qualidade de água e uma alternativa caso dos pequenos sistemas que existem tenham algum problema”, vincou o presidente da Câmara.

E nesta linha a única freguesia que, por agora, fica fora do radar do abastecimento a partir do Castelo de Bode é Mouriscas que tem abastecimento próprio a partir da Barragem do Negrelinho. Mesmo assim, Manuel Jorge Valamatos, diz que vai ser feito o projeto para fazer chegar a água proveniente de Cabeça Gorda a Mouriscas.

Quando esta última ligação estiver feita todo o concelho ficará coberto pelo abastecimento de água a partir da albufeira do Castelo de Bode, seja abastecimento seja como reserva para substituir as captações que estão agora a fazer o fornecimento.

Manuel Jorge Valamatos, presidente da CM e do CA Serviços Municipalizados de Abrantes

De acordo com os SMA o abas­te­ci­mento de água ao con­celho de Abrantes, “dada a ex­tensão e dis­persão de­mo­grá­fica é feito, através de cap­ta­ções de águas sub­ter­râ­neas através de nas­centes, drenos e poços e de cap­ta­ções águas su­per­fi­ciais na al­bu­feira de Cas­telo de Bode e na Bar­ragem do Ne­gre­linho - Mou­riscas.

A água cap­tada, em função da sua na­tu­reza fí­sico-quí­mica é ob­jeto de tra­ta­mento e de­sin­feção e, nas si­tu­a­ções em que não é pos­sível a adução gra­ví­tica aos re­ser­va­tó­rios que servem as redes de dis­tri­buição, a mesma é ele­vada com o apoio de es­ta­ções ele­va­tó­rias”.

Ainda de acordo com os SMA a “adução entre as cerca de 40 cap­ta­ções, 27 es­ta­ções de tra­ta­mento, 48 es­ta­ções ele­va­tó­rias e 63 re­ser­va­tó­rios en­volve cerca de 150 Km de con­dutas.

Todas estas infra-es­tru­turas per­mitem a dis­tri­buição de água pra­ti­ca­mente a todos os aglo­me­rados po­pu­la­ci­o­nais do con­celho, através de uma rede de con­dutas com ex­tensão su­pe­rior a 500 Km's”.

 

 

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